terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ônibus elétricos do Recife deixaram saudades


Durante quatro décadas, os trolebus, popularmente conhecidos como ônibus elétricos, operavam na Região Metropolitana do Recife. Esse sistema de transporte trazia consigo vantagens, como a economia e o fato de não poluir o ar. Porém, às vezes também trazia dor de cabeça, quando algum veículo quebrava no caminho e impossibilitava o restante da frota de seguir viagem, já que os cabos de condução eram interligados. O cabo que ligava o veículo à rede elétrica muitas vezes caía, e o motorista tinha que sair do coletivo e consertar o problema.

Implantados no Recife na década de 1960, os trolebus eram uma novidade moderna e segura em termos de transporte público para a população naquela época. Serviam a treze bairros da capital pernambucana, entre eles Beberibe, Engenho do Meio, San Martin e Tejipió, no Grande Recife. Grande parte dos ônibus foi importada dos Estados Unidos. A partir da década de 80, os ônibus elétricos começaram a entrar em decadência no Recife. Faltava energia elétrica para alimentação dos coletivos, eles quebravam constantemente, a manutenção não era feita regularmente, e a frota de veículos começou a ficar sucateada.

Vídeo, abaixo, mostra a época em que os trólebus circulavam no Recife.



Não há dúvidas de que os trólebus sempre traziam um pouco da identidade recifense. Com a retirada definitiva deles no final da década de 90, foi priorizado o transporte com coletivos a diesel. Talvez eles foram retirados de circulação por conta da venda da  empresa que operava com esses veículos, a Companhia de Transportes Urbanos (CTU), comprada pela então Cidade do Recife Transportes (CRT), que integra o Grupo Metropolitana no segmento de transportes da Região Metropolitana do Recife.

Mas no Brasil os trólebus não tiveram um fim definitivo. Em São Paulo, o transporte com os coletivos movidos à energia elétrica é feito até hoje, seguindo o modelo também adotado em alguns países da Europa. Os passageiros aprovam esse tipo de transporte, visto que é mais leve que o metrô e não polui o ar, preservando a natureza. Nos últimos anos, o homem tem buscado soluções emergenciais para solucionar os problemas de mobilidade urbana nas grandes cidades e incentivar as pessoas a deixar o carro em casa e utilizar o transporte público.